Pietro Castellane:
Os olhos dela?
Uma tentação perigosa.
Os lábios?
Um convite silencioso, impossível de ignorar.
Uma tortura disfarçada de promessa.
Eu deveria me afastar. Deveria ignorar o que seu toque desperta em mim. Mas os dedos pequenos e quentes sobre os meus são como correntes invisíveis, me prendendo a ela. E, de alguma forma, seu toque é o único consolo permitido em e meio a tormenta.
Minha mão desliza lentamente para sua nuca, enterrando-se nos fios dourados e sedosos de seu cabelo. A lembrança do nosso beijo na minha sala se projeta como um filme na minha mente, e minha boca saliva só de revivê-lo.
Passei a semana inteira relembrando.
Ansiando.
Me recusando a aceitar o beijo de qualquer outra enquanto tinha que ver de longe o alvo do meu desejo de gracinha e risinhos com outro homem, tendo que conter a fera enraivecida dentro de mim.
Vê-la agindo como se realmente não tivesse acontecido nada entre a gente.
Como se ela não tivesse me marcado e me est