Mundo de ficçãoIniciar sessãoRicardo Stenton é filho do maior Máfioso Italiano, mas durante sua adolescência vive longe da máfia e dos seus perigos na cidade de nova york, onde conhece o seu grande amor. Clara Smiller. Jovens e apaixonadas, ambos vivem um amor intenso e se tornam inseparáveis. Mas as coisas mudam quando a máfia o chama, e a contra gosto ele tem que ir deixando seu grande amor para trás. Ricardo Stenton se torna um fantasma para clara, sumindo completamente da sua vida sem contar seu grande segredo. Dez anos depois ambos se encontram e faíscas começam a voar. Sem saber. Clara, se torna alvo e Ricardo, fará de tudo para protegê-la.
Ler maisEu acordei um pouco mais acelarada que o normal, tudo estava pronto e eu não havia escolhido nenhum detalhe. Eu poderia fugir, mas concluí que isso acabaria em uma carnificina pior do que um casamento.
As pessoas já estavam aceleradas andando na pequena saleta do meu quarto quando eu finalmente as encarei com minha cara amassada e meu mau humor matinal.
Os sorrisos falsos a minha volta me davam uma vontade terrível de vomitar, era mais do que óbvio que eu não havia escolhido aquilo para mim, que foi um erro estúpido do meu pai me colocar um acordo falido de negócios.
Eu tenho a percepção de que ele achou que eles não cobrariam desse modo, quem seria o animal a querer se casar com alguém que nem ao menos conhece?
Mas ele se esqueceu de um detalhe dentro do nosso mundo, como se fosse um brasão para a família ao qual eu fui vendida:
OS VICENZZO SEMPRE COBRAM SUAS DÍVIDAS
O pensamento me causou arrepios, quando eu finalmente respirei fundo... Minha mãe veio ao meu encontro, e como sempre, me tratando do pior jeito possível.
- Maria Catarina, você deveria estar acordada á horas, hoje é o dia mais importante de nossas vidas! - Disse ela também de mau humor, que por coincidência sempre tinha a ver comigo de alguma forma.
Minha mãe me odiava, desde o meu nascimento e eu sabia muito bem que o motivo daquele desassossego pessoal era só o fato de estar finalmente se livrando de mim. Sua filha mais nova e rebelde, segundo ela mesma.
- Você fala como se eu estivessse animada com esse dia, é tanta hipocrisia dentro de uma sala que faz o meus ossos doerem! - Eu disse a encarando nos olhos.
Ela não se conteve e me deu um tapa no rosto, tão forte que Lourdes, minha ama deu um grunhido de terror.
- Não se atreva a levantar a voz para mim sua fedelha! - Disse ela com suas pupilas dilatadas e verdes, destacadas em meio as bolotas vermelhas de ódio.
- Vocês estão me vendendo como se eu fosse uma vaca no pasto e eu deveria sorrir e acenar? Não consegue ser benevolente comigo nem em meio a essa situação? Onde está o meu pai?
Apesar de toda aquela situação, eu sabia que o meu pai ao menos me protegeria das selvagerias da minha mãe.
- Hoje você é problema meu, o seu pai não quer vê-la a não ser no altar. Tarefa insuportável a minha, mas cumprirei com prazer! - Disse ela se voltando para o vestido rendado pendurado na porta.
Eu a segurei pelos braços em uma atitude de profundo desespero e olhei dentro de seus olhos tão diferentes dos meus, não pude conter as minhas lágrimas ao dizer:
- Por que mãe? Por que me odeia tanto?
Ela fez sinal de que ia ao menos me dar uma resposta, o meu coração estava aflito, eu precisava saber o motivo de todo aquele ódio e falta de amor. Mas ela não disse nada, como nunca disse e nunca iria dizer, eu concluí.
- Tudo bem senhora - Interferiu Lourdes - Eu posso ajudar a Catarina, assim não temos mais brigas por aqui!
- Acho melhor, não tenho tempo á perder com perguntas estúpidas em uma dia importante como esse, Maria Catarina esteja pronta no salão principal da casa as 15:00 e nenhum minuto a mais, você entendeu? Lourdes, garanta isso! - Disse ela dando as costas com seu vestido pomposo, com certeza comprado com um dinheiro que poderia me salvar daquela ruína terrível.
Eu chorei copiosamente enquanto Lourdes penteava os meus cabelos, como ela fazia desde que eu era criança.
- Ela me odeia tanto ao ponto de nem ter tentado me salvar, e quanto ao meu pai? E quando Liz? Ela nem sequer vai vir ao meu casamento?
- Dona Liz está na sala com o seu pai tem um tempão Catarina, ela chegou a algumas horas. Ouvi dizer que seu pai está arrasado, não consegue te olhar nos olhos.
- E o que eu deveria dizer sobre isso? Eu deveria dizer que ele está me fazendo um favor me vendendo ao homem mais cruel do mundo? Deveria morrer por sua promessa como é o costume da famiglia, pelo menos teria um pouco mais de honra esse filho da puta!
Lourdes se abaixou em um rompante de ódio que me deu arrepios, me encarou nos olhos antes de disparar:
- Não ofenda o seu pai, existem coisas que você não sabe! Existem histórias antigas, acordos de proteção que foram feitos antes mesmo de você dar os seus primeiros passos. Otto é um bom homem e sempre foi, ele te amou profundamente enquanto sua mãe a desprezou, sobre isso você pode falar, mas não vou permitir que você abra a boca para falar mal de seu pai na minha presença Maria Catarina Lion!
- Não me chame de Lion, esse sobrenome está sendo negado hoje para mim! Serei uma Vicenzzo contra a minha vontade, eu os odeios mais do que tudo e agora vou ser obrigada a cuspir uma prole de novos demônios para o mundo! E ninguém conseguirá me proteger, ninguém conseguiu me proteger e você olha dentro dos meus olhos para me dizer que o meu futuro é justo Lourdes? Você também não tem honra? É do mesmo saco de farinha que Otto e Vanessa Lion!
- Não diga coisas pelas quais você certamente vai se arrepender Maria Catarina, eu aposto que se você se esforçar você e Enzo poderão se amar de verdade.
- Eu jamais poderia amar o meu torturador, jamais poderia amar alguém que me compra como uma cabeça de gado que ia para o abate.
- Ser a mulher mais poderosa da Italia parece um mau negócio para você? Encare esse desafio, sei que você nunca fugiu de um.
- Sempre fui livre para escolher os meus desafios Lourdes, esse desafio só me colocará em uma gaiola dourada. Nada além disso, homens como Enzo Vicenzzo nunca poderão sentir o que significa o amor de verdade, e por causa de um erro do meu pai, eu também nunca saberei o que significa isso.
- Chega de auto compadecimento, se levante, vamos colocar logo esse vestido e acabar com isso!
As batidas na porta nos deixaram em alerta, Lourdes gritou para que a pessoa entrasse.
- Senhorita Catarina o seu pai quer vê-la, pode ir até lá?
Eu não me fiz de rogada, saí como um foguete pelos corredores até o escritório do meu velho pai, com sangue nos olhos, língua afiada e um monte de mágoas que estavam me sufocando.
Abri a porta sem olhar dos lados, não queria encarar a minha invejosa irmã Maria Liz de frente.
- O senhor mandou me chamar, quer ver como está a sua vaca de ouro? - Eu disse arrogante, tentando manter o controle para não chorar.
- Eu só queria dizer que um dia... Deus me permita viver para ver, você irá me perdoar!
- Por ter colocado nossa família em uma ruína tão nojenta que eu estou sendo vendida para o demônio Vicenzzo? Por que não Maria Liz? - Eu disse com o olhar mais desdenhoso que consegui lançar sobre ela.
- Digamos que eu não tenha o pedigree que você tem - Disse Liz com um olhar de deboche - Mas sendo você um demônio pior do que ele, vai conseguir se adaptar com facilidade.
- Basta! Basta vocês duas! Sempre o ambiente dessa casa tem que ser hostil assim? Não podem se ajudar como irmãs!
- Você sabe que ela não é minha irmã! - Disse Maria Liz com os olhos cheios de ódio e lágrimas
- CALADA! SAIA AGORA DA MINHA SALA, QUERO FALAR A SÓS COM MARIA CATARINA!
Ela ia confrontar, mas ao ver o ódio estampado no rosto do meu pai, desistiu desse feito. Saiu com a cabeça baixa o coração pesado e com certeza a mente cheia de ótimos palavrões para soltar pelo ar nessa ocasião.
- Eu jamais vou te perdoar! Desista disso, consiga outro acordo...
- Eu preciso te dar uma coisa, olhe bem para isso... - DIsse ele pegando um amuleto pesado em uma caixa de veludo vermelha, dava para ver que era ouro puro. O que só me deixava com mais raiva.
- Já ganhou alguma parte do pagamento por me vender? Vai dar esse colar para enfeitar o pescoço da minha mãe?
- Não, isso é seu. Foi dado a você no dia do seu nascimento, Quero que guarde isso com a sua vida, no momento certo, você saberá todas as respostas, só acredite minha filha, minha amada filha, eu te amo mais do que consigo traduzir em palavras. Por favor, pegue a caixa com o colar, leve com você para sua nova casa e principalmente, lembre-se desse aviso: Não confie em ninguém, só confie em Enzo, você entendeu?
- Ficou doido? O homem é o diabo encarnado! Como posso confiar em alguém assim?
- Faça o que eu digo para permanecer viva, confie em Enzo! Me prometa Maria Catarina...
- Eu tenho que ir agora, falta uma hora para essa crucificação começar e eu preciso estar preparada, se não sua amada esposa vai espetar minha cabeça no muro da casa.
Dei uma olhada em meu pai e saí em silêncio pela porta, com o coração acelerado, a caixa nas mãos e a mente cheia das maiores dúvidas do mundo. Eu caminhei até meu quarto, joguei a caixa em cima da minha cama, vesti o maldito vestido de noiva com a cabeça alta, sem deixar que alguém além de Lourdes percebesse minha miséria, fiz uma maquiagem básica e ás 14:55 eu já estava na sala como mandou a bruxa que me colocou no mundo.
— Por que está fazendo isso, eu te ajudei a ver o que você não viu.Responde o mesmo apavorado, se arrastando para longe de mim.— Tem razão. Mas você podia ter impedido isso.Respondo por fim indo para trás do mesmo, passo meu braço por seu pescoço e começo a apertar. O mesmo começa a se debater pela falta de ar, a cada segundo aperto cada vez mais, até seu corpo perder as forças e ele ficar inconsciente. Largo seu corpo e encaro o corpo do Ben.— Não se preocupa, isso tudo vai acabar.Falo ao Ben, mesmo sabendo que ele não vai me ouvir. Vou em direção a uma caixa grande de madeira, e jogo todos as armas de dentro da mesma fora. Arrasto a caixa para fora e volto para dentro pego o corpo do Derek, ainda vivo e punho dentro da caixa. Trampando com pregos. Pego o corpo do Ben, e levo para fora colocando o mesmo em cima da caixa e jogo gasolina no mesmo.— Não vai ser o enterro dos senhos, mas já é alguma coisa Ben. Espero que façam o mesmo comigo. Obrigada por tudo.Suspiro e acendo o f
— Ben.Chamo seu nome mais uma vez, antes de me aproximar do mesmo. Deixo a arma de lado e tento soltar suas mãos amarradas a cadeira. Do seu rosto escorre sangue ainda fresco, suas roupas estão destruídas e sua cabeça está inclinada de uma forma que é possível notar seu pescoço quebrado, lágrimas descem pelo meu rosto. Está claro que ele foi espancado até a morte, e pra garantir isso quebraram seu pescoço. A cena é de total terror, como eu pude deixar isso acontecer. Sinto uma dor profundo no peito, uma dor que não posso descrever. Seguro seu rosto em ambas as mãos, aproximando nossas testas.— Me perdoa Ben, me perdoa.Peço enquanto choro cada vez mais. Prometi pra mim mesma que nunca mas choraria, mas perder o Ben foi uma coisa que nunca imaginei. Ouço um som de passo atrás de mim, giro meu rosto em direção ao som sinto minha cabeça ser golpeada forte, e uma escuridão me engolir.Sinto algo gelado em meu rosto, e rapidamente percebo que jogaram um balde de água gelada em mim. Rapid
Seu corpo cai sem vida no chão, miro na nuca do outro homem ajoelha e atiro novamente. Solto seu braço fazendo seu corpo cair no chão, vou até a porta e a tranco na chave. Não vou ter bala o suficiente para derrubar todos, tenho que pensar rápido. Encaro as paredes, a janela e por fim o teto. Pego a outra arma e coloco as duas dentro da minha calça, e subo em cima da mesa. Puxo com força a grade de metal do duto de ventilação e entro no mesmo. Me rastejo pelos dutos até o grande salão onde Filipo estava. Observo a sala com cinco homens vigiando. chuto a grade metálica que faz barulho ao se chocar no chão, chamando a atenção dos mesmo. Um homem vem olhar de perto e atiro no seu rosto, o mesmo vai ao chão. Antes que os outros quatros atirem onde estou. Desço do local e atiro em ambos, em segudos não restam nada alem de cadáveres. Vou correndo em direção a porta, com um chute a mesma se abre. Vejo Govin fazendo menção de entra em um carro, mas quando o mesmo me ver. Sua feição muda para
— Lar doce lar.Fala Max, se jogando no sofá. Acho que Max, nunca vai mudar e uma parte de mim acredita que não quer isso, vê esse garoto cheio de vida faz uma pequena parte dentro de mim acordar, não é como antes da tragédia da minha vida acontecer, mas é uma sensação boa. afasto esses pensamentos e me volto a lembrança que na mesma hora que destruí a máfia Stenton, acabei com todas as minhas provas de que estive lá e principalmente, a ajuda que tive. Não foi fácil, mas essa aliança com Filipo, foi um truque de mestre. Consegui resolver dois assuntos de uma única vez, tenho certeza que isso me uma grande vantagem. Vou para o quarto e tomo um rápido banho, troco de roupas e volto para perto dos outros. Mesmo que parte do problema tenha sido resolvido, ainda não estou nem perto do meu objetivo. Preciso seguir em frente, nada mas pode me parar agora.— Você não para nunca?Pergunta Denver, quando me vêr colocando a mochila nas costas, onde está a cabeça de Olivia. Tenho um longo caminho
Após alguns dias tudo estava esquematizado, o ataque a esposa do Filipo, foi a gota d'agua. Na mesma hora ele marcou o dia, que finalmente chegou. Não posso dizer que estou feliz, mas posso sentir uma pontada de eufória. Sinto que cara vez mas estou perto do meu objetivo, se eu continuar seguindo esse caminho sei que posso finalmente pegá-lo. A esposa do mesmo não tinha se recuperando 100% mas fez questão de ir, e desmascara a tal Olivia. Tenho que admitir, a Família Stenton é dura na queda. O que impediria muitas famílias, não para por nada eles. Mesmo sendo esfaqueados, baleados e quase perderem suas vidas. eles voltam a correr para o campo de batalha. Agora entendo porque são a Máfia, mas poderosa e todos almejam destruí-la. Deixo esses pensamentos de lado e foco no meu objetivo. Termino de colocar tudo o que preciso dentro de uma mochila, quando ouço o som de algo no ar e em poucos segundos estou com uma katana na mão. Olho para Ben que sorri presunçoso.— Não se esqueça que ele p
Ao chegar no local do treinamento, homens me observam atentamente. Sei bem o que eles estão pensando, fui treinado para saber. Mas não vou dar para trás, estou chegando perto do meu objetivo, preciso continuar em frente, não importa o que aconteça. Ao andamos pelo local ouço alguns dizem piadas nojentas, e outros me olham com malícia. Não deixo que isso me abale, qualquer pessoa normal na minha situação iria tremer até os ossos, mas eu não. Fui treinada, sei o que fazer e como agir. E nesse momento, a única coisa fixa na minha cabeça é pegar esse desgraçado. O mesmo homem que falou comigo no escritório aparece.— Por favor rapazes, respeitem a Senhora Purisck.— Como vai Sr. Govin?Tento ser simpática, ele sorri educado ao meu comprimento e estende o braço me pedindo para que o siga, sem queridonar faço o que ele diz. O mesmo anda em direção a um galpão. Ao entramos vários homens estão treinando e outros atirando, paramos em frente a um ringue.— Bom senhora, primeiro irá aprender a l





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