Solto o celular sobre a bancada e volto meus olhos para ele que me observa com desdém. Meu estômago se revira e me sinto a pior pessoa que podia existir nessa terra.
Só fiz aquilo para me livrar de Lazarev, do homem nojento que é. Ele tem idade para ser meu pai e eu não seria a primeira esposa dele, muito pelo contrário, seria a sexta. As outras cinco morreram por suas mãos ao serem espancadas.
— Scusami…[3] — Nem mesmo olho para ele, Eva ou Teresa, apenas me viro e corro para o quarto, que me lembro com facilidade de como achar. Já compreendi que não era nem um pouco bem-vinda ali, obviamente entendia o porquê, mas não podia voltar, não queria voltar para Rússia, não queria me casar com um estuprador assassino.
Entro como um furacão no quarto de onde nem mesmo deveria ter saído e trombo com um peito largo e tatuado. Apoio minhas mãos geladas em sua pele quente e sinto-o estremecer com o contato repentino, suas mãos fortes e quentes se apoiam na lateral do meu corpo, impedindo que eu