O céu tingia-se de um azul profundo quando Bruna atravessou a estreita passarela de madeira que levava até a palafita sobre o mar. A estrutura rústica parecia suspensa entre o céu e a água, e cada passo que ela dava fazia a madeira soltar um leve rangido, abafado pelo som constante das ondas quebrando suavemente nos pilares abaixo.
Sentia o coração acelerado, não apenas pelo equilíbrio que precisava manter ali, mas pela expectativa do que a aguardava.
Quando alcançou o alpendre iluminado por lanternas de palha trançada, Jae-Hyun já a esperava, encostado no batente da porta, com aquele meio sorriso que sempre fazia o peito dela se apertar. Estava descalço, vestindo uma camisa de linho branca, levemente aberta no peito, e calças soltas de algodão, como se o cenário inteiro o moldasse com a mesma delicadeza com que a noite se derramava sobre o mar.
— Boa noite — disse ele, com a voz baixa, aproximando-se para beijar-lhe o rosto, demorando-se um segu