A noite começava a repousar suavemente sobre a vila, espalhando um manto de brisa morna e silêncio interrompido apenas pelo quebrar ritmado das ondas e pelo canto isolado de algum pássaro escondido entre os galhos. Bruna caminhava lentamente pela rua de areia fofa, descalça, sentindo sob os pés o frescor úmido que subia da terra. Inspirava profundamente o aroma salgado que se misturava aos perfumes adocicados das flores tropicais, deixando que, a cada passo, a hesitação fosse substituída por uma coragem que não sabia bem de onde vinha.
As palavras de Gabi ainda reverberavam em sua mente: “Só viva.”
E era o que Bruna, finalmente, queria.
Os olhos buscaram, entre as luzes tênues dos lampiões artesanais pendurados pelas fachadas, a entrada familiar do pequeno restaurante onde ele sempre estava. A madeira pintada com tons envelhecidos pelo tempo, as plantas penduradas e o letreiro com ideogramas japoneses que ela ainda não sabia decifrar. Aproximou-se, o