o último nome

A Quinta Boca despertou no décimo dia após o ritual.

Não com um rugido, mas com um sussurro.

Era o som do próprio mundo se partindo ao meio — suave, imperceptível, como uma rachadura na alma. Todos que haviam sido marcados sentiram. Todos os que ainda respiravam olharam para o céu e souberam: Selena ainda não havia terminado.

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Eles estavam em um planalto vazio quando sentiram a terra pulsar.

O chão sob os pés de Selena tremeu com precisão rítmica. Como um coração voltando a bater após séculos em silêncio. Rurik colocou a mão sobre a marca em seu peito e gemeu baixo.

— Ela acordou.

Selena não respondeu. Apenas fechou os olhos e ouviu.

O mundo falava com ela agora.

Mas não em palavras.

Em dores antigas.

Em nomes esquecidos.

Em gestos de mães que enterraram filhos.

Em soldados que mataram amando.

Em monstros que só queriam ser compreendidos.

A Quinta Boca não era destruição.

Ela era memória viva.

Tudo aquilo que a humanidade escondeu embaixo da carne — os traumas, as verdades, os erro
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