O vínculo havia mudado algo. Não só entre eles. Mas no ar. Na floresta. Na terra.
Selena acordou com o corpo latejando — não de dor, mas de algo mais profundo. Uma vibração contínua sob a pele, como se o próprio sangue ecoasse um feitiço antigo.
Rurik já estava em pé. Nu, à porta da cabana, os olhos fixos na linha da floresta. Havia algo diferente em seu porte. Mais rígido. Mais selvagem.
— Eles estão vindo. — disse sem se virar.
Selena se sentou, puxando a manta. — Quem?
— Meu irmão. E os outros alfas. Sentiram a ruptura. Sentiram... você.
Ela se levantou lentamente, nua e despida de qualquer falsa inocência.
— E isso é um problema?
Rurik se virou. Os olhos dourados estavam cravados nela como garras.
— Você não entende, Selena. Essa alcateia… não segue amor. Segue instinto. E instinto os manda destruir o que ameaça o equilíbrio. Eles acham que você é isso.
Ela caminhou até ele, firme, desafiadora.
— E você?
— Eu não sigo instinto. Eu sou o instinto. — Ele segurou o queixo dela. — E m