O ar estava pesado de expectativa quando cheguei à clareira atrás da biblioteca. O Alpha de Alcatéia Sul, pai da Gabi — ou pelo menos o homem que assumira esse papel com uma dignidade difícil de descrever — estava de pé sob a sombra de uma figueira antiga, com os braços cruzados, observando a floresta como se conseguisse ver através do tempo.
Ele se virou quando me aproximei, um leve sorriso surgindo sob a barba cuidadosamente aparada.
— Alex. — Sua voz era firme, mas calorosa. — Estava esperando por você.
— E eu esperando por respostas — respondi, tentando manter um tom leve. — Aparentemente, você tem mais delas do que todos nós juntos.
Ele deu uma risada baixa, como quem carrega mais histórias do que deixava transparecer.
— Não sei se tenho respostas, garoto. Mas tenho algumas lembranças. E talvez isso nos leve a algum lugar.
Nos sentamos sob a figueira, o chão coberto de musgo fresco. Ele tirou um cantil de couro do cinto e me ofereceu, mas eu neguei com a cabeça.
— Qu