ISADORA ALENCAR
Uma semana inteira se passou.
Sete dias de silêncio.
Sete dias tentando contato com Enzo. Sete dias sendo ignorada.
Ligações não atendidas, mensagens deixadas no vácuo, olhos marejando cada vez que o celular tocava — e não era ele.
Ou pior: número inexistente.
Fui até a casa dele.
Toquei a campainha duas, três vezes. O mordomo me recebeu, mas foi Olga quem apareceu. Sorridente como sempre, mas com a mentira nos lábios:
— O Enzo não está.
Mas o carro dele estava ali.
Na garagem. Parado, como um deboche.
Como se dissesse: “Ele só não quer te ver.”
E eu entendi.
Ele não queria.
E tinha todo o direito.
Eu não era digna do homem que ele era — doce, leve, sincero.
O homem que, mesmo sem saber, segurou meus pedaços partidos.
E o pior de tudo… foi admitir o que lutei tanto pra negar:
Eu me apaixonei.
Por ele.
E por outro.
Pior: me apaixonei por Dante.
O homem que me tratou como mercadoria.
Que me despiu como posse, me tocou como se eu fosse dele — sem pedir.
O homem que me que