O Despertar da Guardiã
A madrugada parecia eternamente suspensa sobre a clareira, como se o tempo houvesse parado para assistir àquele instante. Ainda deitada entre os braços de Rafael, com a marca em meu peito irradiando calor e luz suave, senti um silêncio diferente se espalhar — não o silêncio vazio, mas o silêncio carregado de presenças invisíveis, como se os antigos estivessem ali… observando… sentindo… aprovando.
Meu corpo ainda vibrava. A união entre nós fora mais do que física. Algo em mim havia se despertado — algo antigo, profundo, selvagem. Uma lembrança que não era só minha, mas da própria linhagem das Lunas.
— Você sente? — Rafael perguntou, com a voz baixa, os dedos acariciando minha costela nua, traçando a espiral da marca que brilhava entre meus seios.
— Sinto tudo… — murmurei. — Como se o mundo inteiro respirasse junto comigo.
Ele assentiu com um sorriso orgulhoso e respeitoso.
— É porque agora você está ligada à Terra. A marca não é apenas um símbolo. É um canal. Um