Ecos Sob a Pele
As batidas do meu coração ecoavam como tambores antigos, reverberando através da casa silenciosa enquanto o luar filtrava-se pelas janelas altas. O ar estava denso, carregado de um presságio que eu ainda não compreendia completamente, mas sentia sob a pele. Elariah — minha loba interior — estava inquieta, como se pressentisse um rito sagrado prestes a ser iniciado.
Depois da cerimônia de purificação, Marco manteve-se recluso, quase ausente, mesmo estando a poucos cômodos de distância. Seu silêncio não era o de um homem em paz, mas o de um guerreiro lutando contra fantasmas que o mundo não via.
Eu me movia lentamente pelos corredores da mansão, guiada pelo instinto, pelos sussurros antigos da floresta que ainda viviam entre aquelas paredes. Rafael, por sua vez, tinha deixado claro que o equilíbrio entre nós era frágil — e que os próximos dias definiriam mais do que apenas corações partidos. Definiriam reinos.
Entrei no salão ancestral — um cômodo oculto, acessado apenas