Sob a Pele da Floresta
A noite estava espessa.
Como se a escuridĂŁo tivesse sido tecida Ă mĂŁo.
Carreguei Nara nos braços por entre galhos, pedras e raĂzes que pareciam se mover sob meus pĂ©s.
Ela ainda respirava, mas sua pele estava fria, o pulso fraco, a consciĂȘncia longe.
â SĂł mais um pouco, minha irmĂŁ.
A lua ainda te vĂȘ.
Thoren abria caminho Ă frente, olhos em chamas, o corpo tenso como o de uma fera que pressente emboscada.
Rafael vinha atrĂĄs.
NĂŁo como protetor.
Mas como⊠penitente.
â Eles nos seguem â murmurou Thoren. â JĂĄ sinto o cheiro.
â Supremos?
â E seus cĂŁes.
E talvez coisa pior.
Paramos junto a uma clareira cercada por pedras antigas, cada uma marcada com sangue seco.
Maelis apareceu entre as sombras, como se jĂĄ soubesse.
â A caçada começou.
â HĂĄ quanto tempo?
â Desde o momento em que vocĂȘ quebrou as correntes.
Olhei para Nara, deitada sobre folhas limpas.
â Ela vai sobreviver?
Maelis tocou o pulso da irmĂŁ.
Assentiu com firmeza.
â Mas precisa de descanso.
De proteção⊠e de d