🌑 Capítulo 33

A Filha Julgada pela Lua

A Pedra do Julgamento não era apenas um lugar.

Era uma herança.

Um altar de pedra viva no meio da floresta, cercado por pinheiros ancestrais que pareciam curvar-se à sua presença.

Ali, lobos eram testados.

Ali, herdeiros caíam.

Ali, mentiras sangravam e verdades viravam cinzas.

Cheguei antes do amanhecer.

O ar era frio.

E minha respiração saía como neblina, mas meu corpo não tremia.

Marco vinha logo atrás, silencioso.

Seus olhos não escondiam o medo.

Não do que fariam comigo.

Mas do que eu poderia me tornar depois.

— Ainda dá tempo de voltar atrás — disse ele, parando ao meu lado.

— Voltar para onde? — retruquei, encarando a pedra diante de nós. — Não existe mais o antes.

Ele não insistiu.

Porque sabia.

Sabia que a garota que foi rejeitada na primeira lua…

não era mais a mulher diante dele.

Selyra rugia em silêncio dentro de mim.

Calma.

Mas atenta.

Como uma sombra viva presa sob minha pele.

Quando os anciãos chegaram, a floresta ficou muda.

Velkan foi o primei
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