A Noite em que os Destinos Sangraram
A Lua pairava acima de nós como um olho vigilante, vasta e implacável, derramando sua luz prateada sobre a clareira onde o destino decidiu nos despedaçar e, ao mesmo tempo, nos unir. Eu ainda sentia o calor do vínculo queimando dentro do peito, a marca recém-selada entre mim e Rafael pulsando como uma segunda vida. Zahor rugia em meu interior, tomado por um orgulho selvagem, enquanto Elara caminhava inquieta de um lado para o outro dentro de mim, como se pressentisse uma tempestade que ainda não havia se formado.
Marco permanecia ali — imóvel, ferido, com o coração exposto como carne viva. Seus olhos dourados brilhavam, mas não com a fúria habitual. Era algo diferente. Algo que eu jamais havia visto antes. Um desespero tão profundo que o próprio Korran parecia silencioso, como se até o seu lobo estivesse tentando entender como chegamos àquele ponto.
Rafael se aproximou mais de mim, seu corpo forte e quente como um escudo. A aura vermelha que envolv