O Sopro da Lua e o Juramento do Sangue
A noite se derramava como um véu líquido sobre a floresta ancestral, e o ar parecia vibrar entre as árvores, denso, carregado de uma energia que só podia vir da Lua. O luar prateado se infiltrava por entre as copas, iluminando o chão úmido com reflexos azulados, como se cada folha fosse um espelho do próprio céu.
Eu sentia o coração bater com força dentro do peito — não apenas o meu, mas o de Elara, minha loba interior, pulsando em uníssono, inquieta, faminta por algo que ainda não se revelava por completo. Ao meu lado, Rafael caminhava em silêncio, os olhos verdes faiscando como brasas em meio à penumbra. Havia algo diferente nele naquela noite — uma calma tensa, um poder que o cercava como uma aura invisível.
— A Lua está nos chamando — ele murmurou, a voz baixa, rouca, reverberando no ar como um trovão contido.
— Ela está… viva — respondi, quase sem perceber as palavras escapando dos meus lábios.
O vento soprou com um lamento antigo, e foi co