Sob a pele do destino
O vento daquela noite parecia feito de murmúrios. Cada sopro atravessava a floresta como um sussurro antigo, carregando memórias de amores que o tempo tentou apagar. Eu sentia o peso do silêncio — não um silêncio vazio, mas aquele que precede algo que muda tudo. As folhas se curvavam diante da lua, e sob sua luz prateada, o ar vibrava com uma energia selvagem.
Marco estava diante de mim. O Alfa. O homem que havia despedaçado o meu coração e que, ainda assim, continuava sendo a força que fazia o meu corpo estremecer. Seus olhos escuros, tão intensos que pareciam conter tempestades, fitavam-me como se buscassem algo que nem ele compreendia.
— Você não devia estar aqui, Alice — murmurou, a voz rouca, tensa, como se cada palavra lhe custasse esforço.
— Eu nunca deixei de estar — respondi, a minha voz soando mais firme do que eu sentia. — Nem quando você quis me expulsar, nem quando me negou.
Um lampejo cruzou o olhar dele, algo entre arrependimento e desejo. Ele se a