Sangue Antigo, Fogo Novo
A madrugada caiu pesada, sufocante, como um pressĂĄgio. A Lua cheia continuava brilhando acima de nossas cabeças, mas o seu brilho parecia menos puro, quase... filtrado por uma nĂ©voa invisĂvel. Meu peito apertava, como se algo antigo estivesse se erguendo de dentro da terra, clamando por mim com garras invisĂveis. Algo que nĂŁo podia mais ser ignorado.
Rafael e Marco mantinham-se em lados opostos da clareira, porĂ©m pela primeira vez... nĂŁo como inimigos. Havia uma trĂ©gua silenciosa entre eles. Um reconhecimento mĂștuo, um pacto nĂŁo dito: proteger Alice acima de qualquer orgulho.
â Vamos voltar para a mansĂŁo â disse Rafael, os olhos percorrendo a escuridĂŁo como se esperasse que os Filhos do Eclipse emergissem a qualquer instante. â NĂŁo Ă© seguro aqui.
Marco franziu o cenho.
â E vocĂȘ quer levĂĄ-la direto para o centro do poder? E se for isso que eles querem?
Rafael nĂŁo desviou o olhar. Havia uma verdade sombria nos olhos dele.
â Eles vĂŁo nos encontrar onde quer que e