O Som que Rasga o Céu
O rugido que cortou a noite nĂŁo era de lobo. NĂŁo era da floresta. NĂŁo era de nada que qualquer um ali conhecesse... exceto Rafael.
Ele apareceu no limite do cĂrculo, envolto em um manto cor de vinho, os olhos verde-aurora faiscando com um brilho selvagem. Os Alfas silenciaram como se um deus tivesse pisado entre os mortais. O vento soprou mais frio, as chamas das tochas tremularam, e o som de trovĂ”es distantes vibrou no chĂŁo sob nossos pĂ©s.
â Ele acordou⊠â Rafael disse, sem cumprimentos, sem cerimĂŽnia. â O Antigo.
Um calafrio percorreu minha espinha. Mesmo sem saber exatamente o que significava, Selene em meu interior se encolheu.
â O Antigo? â Marco levantou-se devagar, tenso. â VocĂȘ estĂĄ dizendo queâŠ
â Sim. O que estava selado no norte se ergueu. E nĂŁo Ă© mais sĂł um rumor. â Rafael olhou para mim. â Ele sentiu vocĂȘ, Alice.
A multidão recuou um passo, e os Alfas começaram a murmurar entre si com vozes carregadas de medo.
â Mas isso Ă© uma lenda â disse uma das lĂ