O Despertar da EssĂȘncia
A mansĂŁo estava mais silenciosa do que o normal. Como se ela mesma segurasse a respiração, aguardando o que viria a seguir. Rafael colocava os Ășltimos elementos no chĂŁo da sala ritualĂstica, traçando runas em cĂrculos concĂȘntricos com um pĂł prateado que brilhava mesmo sem luz. Ao centro, eu. Vestida apenas com uma tĂșnica fina de linho branco, os pĂ©s descalços tocando o chĂŁo frio. Meus cabelos soltos caĂam pelas costas, e minha pele ardia onde as marcas lunares pulsavam como pequenos sĂłis prateados.
Marco se recusava a sair de perto, mas sabia que nĂŁo podia interferir. Korran rosnava inquieto sob a pele dele, sentindo que algo ancestral e maior do que qualquer um de nĂłs estava prestes a emergir. Zahor, dentro de Rafael, estava silencioso demais. O tipo de silĂȘncio que precede a erupção.
â EstĂĄ pronta? â perguntou Rafael, os olhos verdes sĂ©rios, mas gentis.
Assenti. Mas a palavra âprontaâ parecia pequena para o que estava prestes a acontecer.
O ar ficou mais dens