— Você pediu um técnico, jovem dama? — A voz brincalhona do Matt me desperta, e quando o olhar dele cruza com o meu, eu quase entro em combustão. Sinto o rosto esquentar, como se cada segredo da última meia hora estivesse estampado na minha testa.
Ele dá um passo para dentro e para por um momento, como se tentasse decifrar alguma coisa em mim.
Meu Deus… que vergonha.
— Você andou aprontando alguma coisa para estar com essa cara? — pergunta ele num tom cheio de malícia, cruzando os braços e me encarando.
Minhas lembranças ainda estão vivas demais: o calor das mãos do Ryan, a voz rouca contra o meu ouvido, o jogo perigoso que ele sempre ganha. Basta pensar que, por um triz, o Matt quase nos pegou no flagra para um arrepio gelado correr pela minha espinha.
— O quê? Claro que não! Você que anda vendo coisa demais… — respondo apressada, quase engasgando. Dou um passo para trás e fecho a porta atrás dele, como quem tenta trancar os próprios pensamentos.
A meia fina que antes prendia a cinta