— E os médicos confirmaram a análise de vocês? — O promotor o questionou.
— Confirmaram. Como sabíamos que o meliante ainda estava no vestiário, o Rafael ficou com a vítima, esperando reforço e a emergência e eu fui atrás do meliante.
— O que aconteceu, quando você chegou ao vestiário?
— O réu havia se banhado,estava na frente do espelho penteando o cabelo, rindo, como se nada tivesse acontecido.
— Você tinha certeza que ele era o único na empresa?
— Sim, eu tinha! Fiz o que fui ali para fazer. Dei voz de prisão ao meliante. Ele dizia que não tinha feito nada, mas o álibi dele não era forte.
Imbecil! Deduzi ao ouvir a sua afirmação.
— De acordo com o Código Penal, quem age em legítima defesa não comete um crime, você acha que por isso o réu se diz inocente? — O promotor zombou.
— Estava nítido que o réu havia cometido um crime de lesão corporal, senhor Promotor. Talvez na hora, ele não tenha tido a intenção de matar a vítima, mas é comum para pessoas que nem ele.
— Como ass