— Certa vez eu saí com minha mãe para comprar um vestido para minha formatura de 6 anos. Eu era gordinha, mas nada que me atrapalhasse encontrar algo do meu tamanho. Mas a minha coleguinha não teve a mesma sorte. A mãe não encontrou nada para ela. Lembro que a vendedora disse: desculpa mãe, não há nada do tamanho dela aqui, na verdade, acho difícil encontrar.
— Você tinha apenas 6 anos e consegue lembrar disso? — Ela sorriu espantada.
— Até me surpreendo, mas as palavras dela ficaram gravadas em minha mente. Foi quando comecei a desenhar roupas em meu caderninho de desenho. Os desenhos eram horríveis no início, mas como mainha dizia: a prática faz a perfeição, minha preciosa Ana Beatriz.
— Preciosa? — Afirmei. — Por isso o nome da sua marca se chama assim?
— Também! De alguma forma eu queria fazer uma homenagem a Mainha, mas não foi só por isso.
— Então, qual foi o outro motivo?
— Quando se fala sobre algo precioso diz que é algo de grande valor. Algo raro, necessário. Eu nunca