Mundo ficciónIniciar sesiónEle ainda me observava em silêncio quando resolvi quebrar o clima. Inclinei a cabeça, ajeitei uma mecha do meu cabelo cacheado atrás da orelha e perguntei:
— O senhor já tomou café?Ele balançou a cabeça, a voz grave soando curta:— Ainda não.Sorri de canto, já com uma ideia na ponta da língua.— Então eu vou trazer o seu café.Ele ergueu uma sobrancelha, desconfiado.— Só um café preto, está bom.Dei dois passos em direção à porta e me virei para encará-lo com firmeza.— Negativo. — Fiz questão de estalar a língua no céu da boca, como se estivesse corrigindo uma criança teimosa. — O seu café vai ser colorido. Nada de preto, pelo amor de Deus. Eu já volto.E saí sem esperar resposta.No corredor, enquanto caminhava em direção ao refeitório, sorri sozinha. Ele não sabe, mas vou mudar até o café dele. Se a vida dele é preto e cinza, eu vou colocar cor até na xícara.Do outro la






