Separando a briga

NARRAÇÃO DE MIGUEL BAZZO...

Eu poderia sentir os piores sentimentos do mundo pela Petrina, mulher de pedra.

Escondeu minha filha, levou embora a família que tanto desejei formar, poderia lhe xingar e afastar minha filha dela.

Mas como a gente pode sentir raiva de alguém quem tanto amamos? A decepção por ela é evidente.

Mas o amor, a paixão avassaladora, meu coração pulsava ardentemente por ela. Seus olhos, seus lábios, mulher de pedra... Minha mulher, minha Petrina.

Ela disse.

"Meu sequestrador…"

As palavras saíram como um sussurro tímido, mas carregado de tudo o que eu esperava ouvir há anos. Aquele som... sujo, proibido, doce. Como vinho envelhecido demais, forte demais. Me atingiu como um soco no peito — e eu gostei. Quis mais.

Quando prendi os pulsos de Petrina com minha gravata e a encostei naquela parede, eu não estava apenas prendendo um corpo. Eu estava dominando tudo que essa mulher sempre negou: o desejo dela, a entrega, o instinto.

Ela arfava. As mãos presas tremiam leve
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