NARRAÇÃO DE LARA GASPAR...
Saber da verdade, doeu, como nunca pensei. As respostas para as minhas perguntas, perguntas essas que fazia desde quando era uma criança.
Me perguntava quem poderia ser os meus pais, perguntava-me se por acaso eles estavam vivos ou mortos, algumas crianças sabiam do paradeiro dos seus pais, alguns ficaram órfãos por terem perdido os pais em algum acidente, ou doença. Coisas da vida, essas crianças tinham ciência do seu passado, eu não. O passado era tão escuro, sem eira e bem beira, era totalmente incógnita. Eu perguntava para as mães sociais, sobre quem me deixou no orfanato. As respostas eram sempre as mesmas... Me deixaram em um bebê conforto, em frente ao orfanato. Nada além disso, pelo menos torcia para os meus pais não serem drogadös que vivem nas ruas.
Eu queria muito saber do paradeiro deles, queria tanto à ponto de perder o sono, por diversas vezes, olhava para o teto escutando outros órfãos dormindo. Ali, imaginava um milhão de pais, varios tipos d