NARRAÇÃO DE PETRINA CONTI... (Primeira narração da mãe)
Nenhuma mãe, deseja assistir o sofrimento de um filho. E foi exatamente o que presenciei.
Não menti para Lara, quando disse que não consegui me afastar. Seria o correto à se fazer, minha mãe por diversas vezes pedia para deixá-la, esquecê-la naquele lugar, pedia para deixarem outras pessoas lhe adotar.
Mas não consegui.
"Quando ela nasceu, o seu choro, o seu rosto tão pequeno, ainda sujo pelo líquido do parto, procurando pelo meu seiö ficou marcado em minha memória. No dia do seu nascimento, minha mãe queria levá-la para o orfanato, ela não queria que nem mesmo segurasse a minha Lara. Tão pouco lhe amamentasse, mas impedi. Mesmo fraca após o parto, mesmo sangrando eu a segurei firme. Não queria que ninguém a levassem de mim, passei por cima da regra e amamentei. O instinto era tão grande, à ponto meus seiös jorrarem leite. Sorri, lembro-me de estar suada no quarto da mansão da colina, suada após um parto tão difícil. Eu sorria