57. Um plano em movimento
Naquela mesma noite, Charles arrumou sua mala pequena — apenas o essencial. Armas, dinheiro vivo, alguns passaportes falsos e o pendrive com todas as provas contra Frederick.
Ele não iria direto para a Romênia. Ainda não. Antes, precisava fazer duas paradas estratégicas. Havia pessoas que poderiam dar as respostas que ele precisava e, mais importante, ajudá-lo caso as coisas saíssem do controle.
Ele pegou seu telefone descartável e discou um número.
— Se for uma cobrança, eu já disse que não tenho dinheiro — atendeu uma voz rouca do outro lado.
Charles revirou os olhos.
— E se for um convite para uma viagem romântica?
A pessoa do outro lado soltou uma risada curta.
— Aí eu aceito. Quem é a vítima?
— Eu.
Houve um breve silêncio.
— Droga, Lamartine. O que você aprontou dessa vez?
Charles suspirou, recostando-se na poltrona.
— Preciso da sua ajuda, Alexei. Estou indo para Romênia, mas antes quero te encontrar.
— Hm... Romênia? Isso cheira a problema.
— Cheira a respostas.