58. Planos bem arquitetados
O balanço suave do Wonder of the Seas era quase hipnótico. As águas cristalinas do oceano se estendiam até onde os olhos podiam ver, e o céu começava a ganhar os tons alaranjados do entardecer. O cenário era perfeito para relaxar. Mas a mente de Cássia estava a quilômetros dali.
Ela entrou na cabine espaçosa, segurando o bebê com todo o cuidado do mundo. Ele dormia tranquilamente, o rostinho sereno, respirando de forma ritmada. Ele não fazia ideia do turbilhão que era a vida da mãe.
Cássia sorriu, sentando-se ao lado dele e acariciando sua bochecha macia com a ponta dos dedos. Era incrível como ele parecia com Charles. Esse pensamento fez com que um aperto surgisse em seu peito.
Ela se levantou devagar e caminhou até a janela da cabine, observando o movimento das águas. O oceano se estendia em um azul infinito, calmo e silencioso — tão diferente do caos que reinava dentro dela.
A falta de Charles ainda doía. Ela queria dividir tudo com ele. As pequenas descobertas do bebê, os sorri