Cássia Belmont teve tudo: uma vida confortável, uma herança milionária e um casamento que parecia ser seu conto de fadas. Mas a verdade veio à tona de forma cruel—seu marido, Henrique, era um homem ambicioso, manipulador e disposto a tudo para manter o poder. Quando ela finalmente decide se divorciar, descobre que está envolvida em um jogo perigoso, onde sua vida pode estar em risco. Para protegê-la, surge Charles Lamartine, um guarda-costas misterioso, disciplinado e, para sua surpresa… absurdamente sexy. Forçada a se esconder ao lado dele, Cássia se vê em meio a uma montanha-russa de emoções, equilibrando o medo, a atração e a necessidade de confiar em alguém novamente. Entre reviravoltas, segredos revelados e um romance inesperado, Cássia precisará decidir se foge do perigo ou encara seu destino de frente. Mas será que, no meio de tanta confusão, ela também encontrará o verdadeiro amor? "Meu Gostoso Guarda-Costas" é um romance repleto de suspense, paixão e superação, onde cada escolha pode mudar tudo. Prepare-se para se apaixonar, rir e se surpreender com essa história envolvente!
Leer másQueridos leitores,
Escrever Meu Gostoso Guarda-Costa foi uma experiência emocionante, desafiadora e incrivelmente gratificante. Essa história nasceu do desejo de explorar os extremos da natureza humana: desde a ambição desenfreada até o amor genuíno que floresce nas situações mais adversas.
Cássia Moscovisk é uma personagem que carrega em si a força de quem enfrenta grandes perdas, mas ainda acredita no amor. Ela representa a luta para encontrar um sentido em meio ao caos, sem perder a essência de quem realmente é. Já Henrique Belmont é o reflexo da ambição, mentira e deslealdade, enquanto Charles Lamartine é a prova de que a bondade e a lealdade ainda têm um lugar no mundo.
A trama mistura romance, suspense, humor e superação, com o objetivo de prender sua atenção e, ao mesmo tempo, trazer reflexões sobre confiança, coragem e a busca pela felicidade verdadeira.
Espero que vocês se apaixonem por esses personagens e sintam cada emoção que quis transmitir. Para mim, cada linha foi escrita com carinho, pensando em como cada reviravolta poderia impactar vocês, leitores.
Com amor,
Sua autora,
FÁTIMA SOUZA
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INICIO...
Cássia entrou no quarto como um furacão, o coração martelando no peito, as pernas tremendo e a mente completamente confusa. Ela sequer sabia direito o que estava acontecendo, apenas que precisava sair dali o mais rápido possível. Pegou uma mala grande e começou a jogar roupas dentro sem qualquer critério: um vestido de gala, um pijama de ursinhos, um salto alto e... uma pantufa de coelho. O caos estava instaurado.
Na sala, Charles, seu guarda-costas - e, sejamos honestos, um verdadeiro colírio para os olhos - esperava pacientemente. Ele mantinha os braços cruzados, o olhar atento e uma expressão que oscilava entre profissionalismo e leve irritação. Se dependesse dele, já estariam a quilômetros de distância.
Cássia respirou fundo e resolveu que precisava se acalmar. Nada de pânico. "Ok, preciso ir ao banheiro antes de sair", pensou. Mas, assim que deu um passo na direção da porta, um estampido ensurdecedor preencheu o ar. O vidro da janela explodiu em cacos, e um tiro atravessou o quarto.
— AAAAAH! — Cássia gritou, pulando para trás como um gato assustado.
Seu grito ecoou pela casa e, em segundos, Charles surgiu na porta como um raio. Com a rapidez de um felino, ele a puxou para perto e usou seu próprio corpo como escudo.
— No banheiro, agora! — ele ordenou, empurrando-a para dentro enquanto novos tiros despedaçavam a outra janela.
Cássia se viu encostada contra a parede do banheiro, os olhos arregalados e o coração batendo tão rápido que ela tinha certeza de que Charles podia ouvir.
— Certo... — ela engoliu em seco, tremendo dos pés à cabeça — Isso não estava nos meus planos para hoje. Achei que meu maior problema seria decidir entre sushi ou pizza para o jantar.
Charles olhou para ela de cenho franzido.
— Agora não é hora para piadas, senhora Belmont.
— Desculpa, é o nervosismo. Atiraram em mim e, de repente, viro a rainha do stand-up comedy.
Ele não respondeu, apenas ficou em silêncio por um momento. Foi então que Cássia percebeu algo: a proximidade entre eles. Charles a segurava firmemente, o corpo forte e quente colado ao dela. O perfume amadeirado que ele usava preencheu suas narinas, e, entre o medo e a adrenalina, uma constatação a atingiu como outro tiro:
— Meu Deus... — ela murmurou, quase sem querer.
— O quê? — Charles perguntou, atento, pronto para mais perigo.
— Você é absurdamente sexy!
Charles piscou, surpreso. Depois suspirou, passando a mão pelo rosto como se tentasse encontrar paciência em um momento de caos.
— Senhora Belmont, querem matar você. Se puder se concentrar nisso por um segundo, eu agradeceria.
— Olha, se eu for morrer hoje, pelo menos agora sei que morro com bom gosto.
Ele revirou os olhos, pegou-a pela mão e começou a traçar um plano de fuga. Mas, no fundo, Charles sabia que proteger Cássia não seria apenas um trabalho perigoso... Seria também, sem dúvidas, uma grande prova de paciência.
O silêncio finalmente reinou após minutos de pura tensão. Cássia sentiu o coração ainda disparado, como se estivesse em um daqueles filmes de ação que ela adorava, mas sem a parte divertida de assistir de um sofá seguro. Charles, ao lado dela, manteve-se alerta, virando-se para encará-la com aquele olhar severo de quem não aceitava argumentos.
— Fique aqui. — A voz dele era firme, sem espaço para discussão.
Ela apenas acenou com a cabeça, incapaz de formar palavras. Ainda tremia levemente, sentindo as pernas um pouco fracas. Não era todo dia que levava tiros - ou pelo menos, tiros eram disparados em sua direção.
Charles saiu do banheiro com passos calculados, inspecionando o quarto com olhar atento. Caminhou até a janela, aproximando-se com cautela. Não havia sinais de movimento, apenas o vento noturno balançando as cortinas estraçalhadas. Os atiradores tinham sumido.
Depois de alguns segundos, voltou para o banheiro, onde encontrou Cássia abraçando a si mesma.
— Vamos agora. — Ele disse, sem rodeios. — Esqueça a mala. Pegue uma bolsa pequena com alguns pertences pessoais. Precisamos sair imediatamente.
Cássia piscou algumas vezes, como se processasse a informação, e então arregalou os olhos.
— Esquecer a mala?! — Ela exclamou, indignada. — Charles, eu passei um tempão escolhendo cada coisa que coloquei lá! Sabe o que significa fazer uma mala em estado de desespero? Eu provavelmente trouxe uma sandália e um casaco de inverno juntos! Mas eu me esforcei!
Charles suspirou, esfregando o rosto com a mão livre.
— Senhora Belmont, estamos fugindo de atiradores. Não indo para um retiro espiritual. Pegue uma bolsa pequena, agora.
Resmungando, mas obediente, ela correu para o closet e pegou a primeira bolsa grande que encontrou. Não importava que Charles tivesse dito pequena, ela precisava de espaço! Jogou algumas roupas, itens essenciais e, claro, seu perfume favorito. Porque, convenhamos, se fosse morrer, pelo menos estaria cheirosa.
Quando voltou, Charles já estava pronto para sair, impaciente.
— Finalmente. Vamos antes que eles resolvam voltar. — Ele disse, pegando-a pela mão e a puxando para fora do quarto.
Poucos minutos depois, estavam na estrada, o carro cortando a noite silenciosa. Cássia olhou para Charles de soslaio, ainda processando tudo.
— Então, qual é o plano? — perguntou, cruzando os braços.
— Sobrevivermos. — Ele respondeu sem tirar os olhos da estrada.
— Ah, ótimo plano, super elaborado. Posso acrescentar ‘não morrer’ na lista?
Charles suspirou novamente. A noite prometia ser longa.
Cássia ainda não havia assimilado completamente a gravidade da situação. Sempre distraída, parecia alheia ao perigo iminente, como se tudo aquilo fosse apenas um contratempo passageiro e não uma ameaça real à sua vida.
O entardecer daquele dia trouxe consigo um suspiro coletivo de alívio. O pesadelo finalmente havia terminado. Henrique e Malcon estavam mortos. Pela primeira vez em muito tempo, não havia medo, não havia perseguições, não havia sombras do passado ameaçando sua felicidade. Todos retornaram para casa, e a mansão de Cássia nunca pareceu tão acolhedora. Naquela noite, todos estavam reunidos na ampla sala de estar, envoltos por uma sensação quase surreal de tranquilidade. Molie e seu esposo estavam acomodados no sofá, compartilhando histórias e rindo como se não tivessem acabado de passar por um verdadeiro filme de ação. O pai de Charles e Frederick, seu chefe, conversavam como velhos amigos, trocando lembranças de tempos militares e competindo para ver quem já tinha sobrevivido à pior situação. — Então você já saltou de um helicóptero sem paraquedas?! — perguntou Frederick, franzindo a testa. — Tinha um lago embaixo. — O pai de Charles deu de ombros, bebendo um gole de uísque. — Is
A cena do crime ainda pulsava com a tensão dos últimos acontecimentos. O cheiro de pólvora se misturava ao ar da noite, enquanto os policiais começavam a dispersar, cada um voltando para suas funções. A ambulância estava ali, prestando atendimento a Cássia, que, apesar de abalada, parecia finalmente respirar com um pouco mais de alívio. Tudo parecia sob controle.Até que não estava mais.Os passos firmes ecoaram pelo asfalto. Um policial se aproximava, uniforme impecável, postura rígida, olhar afiado como lâmina de faca. Mas algo estava… estranho. Charles sentiu um arrepio subir pela espinha ao encarar o homem. Havia algo fora do lugar, um detalhe pequeno, mas que fazia toda a diferença. Talvez fosse o olhar intenso demais. Ou a maneira como ele mantinha os lábios crispados, quase como quem segura um riso.Foi então que Charles percebeu.— Ah, droga…Tarde demais. O homem sacou a arma com um movimento fluido e certeiro, apontando diretamente para Charles.— SURPRESA, DESGRAÇADO! — ros
Mesmo sentindo a adrenalina percorrer seu corpo, Charles olhou para seu pai e respondeu:— O Henrique é o ex-marido da Cássia, ele era um dos envolvidos em um caso que estava investigando, com ajuda de Cássia eu o desmascarei com seus comparsas, prendemos ele e foi nesse dia que o Dimitri fugiu, por isso fui para na Rússia.Enquanto conversavam, o telefone de Charles vibrou violentamente no bolso, interrompendo sua mente já tomada pela tensão. Frederick. Ele atendeu no primeiro toque, sem nem se preocupar em ser educado: — Fale! A voz de seu chefe veio grave e urgente do outro lado da linha: — Estamos no rastro de Henrique. Pegamos um dos homens dele há algumas horas, e ele abriu o bico. Henrique saiu ao encontro de Cássia… está com ela agora e não é para um b**e-papo amigável. Ele quer vingança.Charles sentiu o sangue ferver nas veias. — Desgraçado! — rosnou, apertando o celular com tanta força que quase o quebrou. — Onde ele está? Frederick hesitou por um segundo, então soltou
Seu corpo se recusava a reagir enquanto a presença ameaçadora de Henrique a envolvia. O toque frio e metálico do revólver contra sua barriga fez seu coração disparar em pânico silencioso.Ela olhou rapidamente ao redor. A recepção da clínica estava quase vazia.A assistente digitava algo no computador, distraída. Outra mulher, sentada na cadeira de espera, folheava documentos, totalmente alheia ao que acontecia ali, a poucos metros dela.Ninguém notava. Ninguém percebia que Cássia estava a segundos de ser levada.Foi então que Henrique se inclinou perigosamente próximo ao seu ouvido, e sua voz venenosa escorreu feito veneno.— Você vem comigo, querida. Sem escândalos, sem drama. Se tentar algo, o meu amigo ali dentro vai estourar os miolos do seu bebê.O terror puro atravessou Cássia como uma faca afiada. Theo. Seu pequeno Theo. Ela não podia arriscar. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela as conteve. Respirou fundo, tentando manter a calma.Henrique deu um passo para trás, agar
Na manhã seguinte, Cássia acordou com um sobressalto. Ainda sonolenta, olhou para o pequeno Theo, que dormia tranquilamente ao seu lado, e sentiu um aperto no peito. Tinha a sensação de que estava esquecendo algo importante. Então, como um raio, a lembrança veio. — A consulta do Theo! — exclamou, sentando-se de imediato. Ela pulou da cama e foi direto ao banheiro, tentando organizar mentalmente tudo o que precisava fazer antes de sair. Banhar Theo, escolher uma roupinha fofa... Chamar Julie, se arrumar… tudo em tempo recorde! Enquanto trocava Theo, que a olhava com um sorriso travesso e segurava o pezinho como se aquilo fosse o brinquedo mais divertido do mundo, ela pegou o celular e ligou para Charles. — Bom dia, minha flor-do-campo! — ele atendeu, com uma voz suave. — Charles, você não acredita! Eu quase esqueci da consulta do Theo! — Quê? — Ele pareceu despertar na hora. — Hoje?! — Sim, agora de manhã! — Então você tem meia hora para se arrumar, porque aposto que está em c
O tempo passou, e o pequeno Theo, como foi carinhosamente batizado, crescia cheio de energia e travessuras. Ele era a mistura perfeita de Cássia e Charles, com os olhos expressivos da mãe e o sorriso travesso do pai. As manhãs eram preenchidas com gargalhadas infantis e tentativas desastradas de falar novas palavras. Agora, Theo começava a dar seus primeiros passos, e cada cambaleio era uma nova aventura. — Charles, olha isso! Nosso filho vai ser um atleta! — Cássia exclamou, com os olhos brilhando de orgulho, enquanto Theo balançava os bracinhos, tentando se manter de pé. Charles, que estava sentado no tapete da sala, abriu um sorriso largo e estendeu os braços. — Isso mesmo, campeão! Vem para o papai! Theo deu um passinho incerto, depois outro, balançou perigosamente para o lado, mas continuou firme. Os pais assistiam à cena como se fosse um evento olímpico. — Isso, meu amor, só mais um! — Cássia incentivava, batendo palmas. O bebê deu o último passo e… pluft! Caiu direto nos
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