Cap. 84
Ela se curvava, apertando os braços ao redor do próprio corpo, sufocando os gritos que desejavam explodir, enquanto sentia o desespero das crianças crescendo, chamando por ela com aflição.
— Meus filhos… eles estão gritando por mim… eu senti… Kan, eu senti! — ela chorava, a voz falhando de dor. — Eles estão com medo… estão sozinhos em algum lugar daquela escola... Parece que aqueles desgraçados invadiram a escola! Você disse que isso não ia acontecer! — ela berrou, acusando-o.
Kan apertava o volante com tanta força que seus dedos estavam brancos. Tentava se manter calmo, mas seu próprio peito ardia, como se algo o estivesse rasgando por dentro.
O telefone vibrou.
Ele atendeu no viva-voz.
— Kan, aqui é a diretora. Há movimentações suspeitas na ala botânica, mas não estamos conseguindo ter acesso ao corredor principal que leva até o local. Não sabemos quantos... mas parece que alguns interceptadores conseguiram entrar.
— Eles conseguiram entrar?! — ele gritou, o sangue gelando.