Cap. 85

O cheiro de sangue ainda pairava no ar quando Kan cruzou a ala vazia da escola e entrou numa sala reservada aos professores. Ali, o silêncio o envolveu. Finalmente, a transformação começou a se desfazer.

Seu corpo voltou ao normal. Os músculos retraíram, os ossos se reajustaram. Mas por dentro, nada se acalmava.

Ele não conseguia entender. Por que seu vínculo o guiara até aquelas crianças, se nunca estivera com aquela mulher?

Seguiu para o pequeno banheiro no canto da sala, ligou o chuveiro e lavou o sangue que escorria da pele. A água fria não apagava o nó apertado no peito.

Ainda em silêncio, foi até um dos armários e pegou a muda de roupa extra que sempre mantinha ali. Como dono da escola, deixava peças reservas para situações como aquela.

Enquanto se vestia, sua mente girava em círculos. Aquilo não fazia sentido.

Não havia vínculo. Não podia haver. Mas então… por que ele sentiu tanto medo de perdê-los?

— Como posso sentir mais familiaridade com aquelas crianças que conheci