Cap. 83
Sem falar mais nada, os três saíram discretamente da sala, seguindo pelos corredores até chegarem ao espaço botânico da escola, uma imensa estufa de vidro repleta de plantas raras, ervas e flores cultivadas pelos alunos em projetos científicos. Era um lugar pouco frequentado, ainda mais naquela hora da manhã.
Empurraram a porta de vidro silenciosamente e entraram, ofegantes. O calor úmido e o aroma das plantas encheram seus pulmões. Encontraram um canto, entre vasos altos e folhagens largas, e se encolheram ali.
— Estamos seguros aqui — sussurrou Ariel. — Por enquanto.
— Não por muito tempo... — Noam respondeu, com os olhos marejados. — Eles vão procurar em toda a escola.
Ayel olhava fixamente para o chão, mas então sua mão foi ao colar que carregava no pescoço — uma pedra escura, envolta em metal prateado, que pulsava levemente com o calor do corpo dele, piscando e emanando uma luz.
— Esse colar... — murmurou Ayel, o irmão mais velho, virando-se para Noam. — Quem deu isso a v