cqp. 156
Cap.156
O campo de batalha estava imóvel. Após todo o estrondo e revelação.
Onde antes o rugido dos lobos e o eco dos feitiços quebravam o céu, agora só restava o som do vento.
Cinzas, poeira e sangue se misturavam à terra, e cada sopro de ar parecia carregar o lamento dos que haviam caído.
Kan estava de pé, parado diante do ponto onde Maya e Lana haviam desaparecido.
Nada restara, nem corpos, nem cinzas. Apenas uma marca profunda no chão, como se o próprio tempo explodido ali.
Atrás dele, o exército de lobos e o exército de feiticeiros estavam separados, imóveis, incapazes de lutar, de falar, ou sequer de se encarar.
As espadas estavam jogadas, as armaduras quebradas.
Era o fim.
O vento atravessava o vale, sussurrando como um cântico de despedida.
Cada alma que partira parecia estar presente naquele silêncio pesado, naquele arrependimento coletivo que pairava entre os dois mundos.
Gabriel se aproximou lentamente, pousando uma mão firme sobre o ombro do irmão.
Kan não desviou o olhar