Na calada da noite, enquanto a floresta ao redor parecia suspender a respiração, Gloria corria com o coração batendo descompassado, cada passo afastando-a do encontro tumultuado com Edgar. Chegando ao local onde havia escondido suas roupas antes de sua transformação, ela rapidamente voltava à forma humana, o processo ainda doloroso ressoando em cada músculo e osso de seu corpo.
Vestindo-se às pressas, o tecido das roupas roçava de forma desconfortável contra a nova marca em seu pescoço, um lembrete constante da mudança irrevogável em sua vida. Ela reentrava em sua casa pela janela, o mesmo caminho secreto de sua fuga, movendo-se com uma cautela que contrastava com a corrida frenética de antes.
O quarto de Gloria, mergulhado na escuridão da noite, refletia o turbilhão de emoções que ela sentia. Ela caminhava silenciosamente em direção ao banheiro, seus dedos trêmulos tocando a marca que Edgar havia deixado. A marca era linda, intricada, mas a lembrança da rejeição e desespero de Edgar