A floresta, com sua calma etérea sob o luar, tornou-se palco de uma reviravolta emocional avassaladora. Edgar, ainda sobre Gloria, sentiu uma compreensão abrupta e dolorosa atravessar sua mente como um raio cortante. Num instante, a tensão em seu corpo aumentou exponencialmente, e ele rapidamente se afastou dela, um olhar misturando raiva, desespero e uma culpa profunda emergindo em seu rosto.
Enquanto se afastava, Edgar encarou, quase que com horror, a marca que agora adornava o pescoço de Gloria. Um gesto quase automático levou sua mão ao próprio pescoço, tocando a marca recíproca que ela havia deixado. Em um ato impensado e carregado de consequências, ele a havia marcado, traído a memória de Ravena, que ainda estava tão fresca em sua dor e luto. A culpa por não ter transformado Ravena, uma decisão que havia custado a vida dela, agora se entrelaçava com a culpa de ter marcado outra enquanto o luto ainda cobria seu coração.
Gloria, observando a mudança drástica na expressão de Edgar,