O dia amanheceu claro, mas com uma leve brisa que agitava o pasto e os galhos das árvores. Isabella estava cuidando das novilhas, mexendo com paciência nos baldes de ração, enquanto o som distante do violão de Rafael chegava até ela como um murmúrio tranquilo.
O cenário parecia perfeito, quase irreal. Até que um carro velho, levantando poeira na estrada de terra, se aproximou da entrada da fazenda. O som do motor trouxe um súbito arrepio no peito de Isabella — algo naquele ruído parecia fora do lugar, estranho.
— Quem será agora? — murmurou, franzindo a testa.
O carro parou em frente ao portão, e dela desceu um homem bem vestido, de terno claro, com um sorriso confiante e a postura de quem acredita ter direito a tudo. Isabella sentiu o coração bater mais rápido, mas por um motivo diferente — havia no ar uma tensão de intruso, algo que poderia abalar a paz que Rafael e ela tinham começado a construir.
Seu Anselmo saiu da varanda, apoiado na bengala, e foi o primeiro a encarar o visit