Baby Cavalieri
Carlo estava sentado no tapete, completamente absorto em enfiar uma colher de brinquedo na boca de um dinossauro azul. Fazia vozes, dava instruções e repreendia o bicho por não “mastigar direito”. No meu colo, Dmitri dormia profundamente, a bochecha colada ao meu peito, o corpinho finalmente relaxado. O contraste com a noite anterior era quase cômico.
Dominic, encostado na moldura da porta com uma xícara de café, assistia à cena com um meio sorriso preguiçoso.
Foi quando Cavalieri desceu as escadas com o cabelo molhado, a barba por fazer e o olhar ainda meio desorientado.
— Merda... cochilei.
— Cochilou? — levantei uma sobrancelha. — Grego, você dormiu igual uma pedra durante um terremoto. Já passou da hora do almoço, inclusive.
— Já? — ele piscou, confuso.
— A menos que você esteja no fuso de Moscou — Dominic comentou, tomando um gole de café. — Nesse caso, bom dia ainda.
Grego bufou, passou a mão pelo rosto e olhou para mim. O olhar dele caiu sobre Dmitri, ainda tranq