Dominic Lexington
– Vai ter que me explicar que droga foi isso tudo...
Me virei para ela. Adorava a forma como estabelecemos um jogo, como se nenhum dos dois soubéssemos quem o outro era. Essa dinâmica intrigante e que me instigava a abrir as pernas da Baby e entrar nela sem compromisso de sair. Só que às vezes ela parecia acreditar demais na própria personagem, o que, é claro, me causava um certo desconforto. Agora, estava acontecendo um desses momentos.
Me virei para ela, enfiando as mãos dentro do bolso por que seria incapaz de tocar nela com calma nesse instante. – Jura que não sabe?
Ela tombou a cabeça para o lado da forma mais inocente que eu podia imaginar. Baby costumava fazer isso com frequência, tendo a minha mão como apoio. Era como um daqueles animais fofos que pediram carinho ao se esfregarem na sua mão. Se eu tentasse me esquecer de parte de quem ela é, talvez pudesse acreditar em todas as cenas.
– Mesmo?
– Mesmo? – Ela desviou os olhos para os meus sapatos por um segun