Dominic Lexington – Vai ter que me explicar que droga foi isso tudo...Me virei para ela. Adorava a forma como estabelecemos um jogo, como se nenhum dos dois soubéssemos quem o outro era. Essa dinâmica intrigante e que me instigava a abrir as pernas da Baby e entrar nela sem compromisso de sair. Só que às vezes ela parecia acreditar demais na própria personagem, o que, é claro, me causava um certo desconforto. Agora, estava acontecendo um desses momentos.Me virei para ela, enfiando as mãos dentro do bolso por que seria incapaz de tocar nela com calma nesse instante. – Jura que não sabe?Ela tombou a cabeça para o lado da forma mais inocente que eu podia imaginar. Baby costumava fazer isso com frequência, tendo a minha mão como apoio. Era como um daqueles animais fofos que pediram carinho ao se esfregarem na sua mão. Se eu tentasse me esquecer de parte de quem ela é, talvez pudesse acreditar em todas as cenas.– Mesmo?– Mesmo? – Ela desviou os olhos para os meus sapatos por um segun
Baby Ortiz. Andei de mãos dadas com o Dominic, e agora, nenhum dos homens que me encaravam desde que cheguei a festa me olhou novamente. Dominic gesticulou para o Dilan posicionado num canto daquele salão. Ele estava olhando para tudo e todos como se uma ameaça pudesse brotar do chão, então, quando viu o chefe, começou a caminhar na nossa direção. O Dom abriu a porta do carro para mim assim que o alcançamos do lado de fora. Olhei para os lados antes de entrar, e pessoas estavam cochichando sobre algo. Pude deduzir que se tratava do beijo do castigo, então me inclinei até o Dom e toquei seu ombro. – Por favor, não me beije.Ele pareceu confuso, mas assentiu. Entrei no carro, e nesse instante, tudo pareceu frio como gelo. Me recostei nele, porque apesar de ele estar sério demais, estava realmente mais congelante que o clima entre nós dois. Começava a chover, e eu me aninhei nele buscando por um pouco de calor. Talvez fosse esperado que ele me abraçasse, mas o Dom apenas se afastou de
Dominic Lexington Isso deveria ser uma fantasia, certo? Errado, porra. Eu estava ficando puto a cada segundo com aquela cena bizarra. Baby era minha, e ninguém mais tinha permissão de fazer sexo com ela. Nenhum sexo. Eu devia ensinar tudo a ela. Eu devia tocar nela desse jeito.— Pomada! – Ava gritou, jogando as mãos para cima. Os olhos da garota estavam tão arregalados que eu só pude presumir o quanto ela podia estar se aproveitando da inocência da minha mulher.Cerrei os punhos, pisando duro em direção a ela. Obviamente, não estava disposto a bater nela. Não bato em mulheres por que não sou um merda de covarde, mas estava bastante tentando, então o que isso faz de mim? Porque ver a forma como ela estava deitada com as pernas abertas para qualquer outra pessoa que não fosse eu, causava um efeito inesperadamente possessivo em mim.— Ela me depilou! – Baby se apressou em falar. – Completamente. – Os olhos dela também estavam saltados, e ela parecia bastante envergonhada por dizer aqui
Baby Ortiz. Segurei em seu pescoço com uma devassidão que não pertencia a mim. Eu não me lembro de sentir isso por um homem em algum outro momento da minha vida. Também não faço a menor ideia de como estava triste e sentada em minha cama num momento, e no outro, estava presa em seu colo, rebolando como se fosse uma cadela no cio.Isso não sou eu...Eu nunca fui assim, e acho que não quero ser. Mas estava tão bom que podia apenas esperar um pouco mais. Só mais um minuto, e eu precisei convencer a mim mesma sobre isso. Sabia que teria que me esforçar ainda mais para sair de seus braços quando chegasse o momento.Dominic me beijou com uma intensidade animalesca, tanto que pareceu querer levar um pedaço da minha boca consigo. Era estranho refletir sobre o fato de que achei que gostasse de romantismo e lentidão, quando na realidade, tudo que queria era ser devorada um pouco mais. Só um pouco mais forte... Minhas unhas o arranharam na altura do pescoço, o que não surtiu qualquer reação neg
Baby Ortiz – Hum... – Ele parecia perdido, insistindo em tomar novamente a boca que liberei a ele segundos antes.– Não... Eu... Eu não estou pronta. – Esforcei em dizer, mesmo que nós soubéssemos, se aquilo era mesmo verdade.Seu corpo se tornou tenso de imediato, e soube que havia falhado em algo.Respirei fundo, enquanto ele continuava a me encarar. O pomo de Adão dele se movendo como se estivesse contendo os próprios demônios, enquanto eu tentava lutar contra o meu próprio desejo de arrancar a roupa e pedir que ele me tivesse ali mesmo, naquela posição, com aquela mesma intensidade e intimidade.– Acho melhor você ir dormir! – Dominic tirou-me de seu colo, apoiou os cotovelos nas pernas e passou os dedos entre o cabelo liso recém-cortado.Bom, eu estava bem mais confusa agora. Tremendo por ter que perguntar o que havia acontecido para que seu comportamento mudasse tão repentinamente, me sentei na cama, abraçando as minhas próprias pernas. Era uma autodefesa que adquiri ainda cria
Baby Ortiz Fiquei no corredor andando de um lado para o outro, enquanto ele se trancou em seu quarto. Tudo que consegui escutar foram alguns sons de irritação. Em frente a sua porta, decidi bater mais uma vez, só que Dominic não abriu novamente, claro... Eu já devia saber, afinal, o que eu estava esperando de um homem que não aceitava rejeição. Eu só queria me sentir segura, e adoraria que ele pudesse me entender, mas por que eu ainda esperava que ele fizesse isso, considerando que sou apenas uma propriedade que ele descartaria em alguns meses? Não podia realmente dizer que ele se importava comigo.Decidida a fazer o que prometi a mim mesma que não faria, desci as escadas, andando em direção à edícula no fundo da casa. Por que, é claro que ela moraria por perto. O que eu devia esperar? Parei em frente a porta da casa e bati agressivamente algumas vezes.Calma, Baby, não é como se você pudesse descontar as frustrações na porta dessa casa. Cansada, fiquei trocando um pé pelo outro, até
Dominic Lexington Talvez eu não esteja sendo o melhor homem do mundo, porque preferi machucar a mulher que tem sido a minha verdadeira obsessão, a dizer a verdade a ela. As minhas relações com a Laura... Eu tinha que explicar tanta coisa, e, no entanto, não faria. Não por que não queria, mas por que o intuito sempre foi o de não repetir o mesmo que aconteceu com a Ketty, e sinceramente, ainda não conseguia confiar completamente na mulher por quem, eu, estupidamente me apaixonei.Entrei em seu quarto quando Laura me deixou, e então a encontrei dormindo tão pacificamente que percebi não ser necessário aninhá-la em meus braços naquela noite.Precisava me desculpar de toda forma, além do que, provavelmente, teria sido algo bem sujo da minha parte deitar na cama dela depois que Laura deixou o meu quarto, mas, principalmente, devido à condição degradante em que nós dois estávamos quando tudo finalmente cessou, horas mais tarde.Mesmo em conflito, logo pela manhã, após me vestir e sentir-m
Dominic Lexington Senti que as minhas mãos estavam geladas a medida em que me aproximei da piscina. Fiquei ali, paralisado como a porra de um idiota atrasado para o trabalho no próprio escritório. Eu deveria dar o exemplo, porra. Eu já deveria estar lá. Ao invés disso, a vi nadar completamente nua, para se virar de barriga para cima e flutuar na água como se o mundo não fosse a merda de um lugar horrível, ou que tivesse câmeras por todos os lados dessa droga de mansão.Sem pensar muito nas consequências, sem tirar os sapatos, ou o terno, ou qualquer porra de barreira da frente, eu apenas pulei na água, em um salto longo que agitou a água, fazendo com que Baby afundasse em seu susto, engolisse água, e que também de assustasse ao tentar ficar de pé. Ela estava tossindo desesperadamente, com seu rosto vermelho, mãos cobrindo os seios, como se eu nunca os tivesse visto antes.Nadei, me aproximando dela como a droga de um predador sedento por sangue, enquanto ela foi recuando até a borda