Baby Ortiz
— Aí, também não precisa falar como uma ogra.
Eu estava arrumando uma pilha de roupas em cima da cama quando alguém abriu a porta bruscamente. Eu e Ava nos viramos para olhar, e então, meus olhos grudaram aos dele.
Eu não estava no clima para abraços. O pequeno bebezinho era como o anticristo para os meus hormônios, e eu havia acordado mais descontrolada que o normal. Então, olhei para ele com cara de poucos amigos, e voltei a colocar mais roupas sobre a cama.
Ava trabalhava rápido para guardar tudo em sacolas. Ela ainda estava com aquela confusão no olhar, tomando conta dela como uma doença misteriosa e letal da qual não podia se ter controle algum.
— Me diz que você não está fazendo o que estou pensando, bebê. Você sabe que eu nunca vou deixar você sair daqui.
— Você não vai me impedir de fazer nada. Eu não sou a sua esposa. Nós não nos casamos.
As mãos dele atingiram as laterais do meu rosto, com sutileza, mas também agressividade. Ele me segurou, e me obrigou a encará-