Dominic Lexington
— Diria para a minha neta toda a verdade se pudesse. Mas a verdade é que minha mente oscila mais para lá do que para cá. Lamento que ela veja tanto...
— Esse é o seu conselho? Está me fazendo perder um tempo precioso aqui, senhora Magdalena. Seja mais específica.
— Creio que não seja burro, senhor Cavalieri. Assim espero. – Alfinetou. – A essa altura, deve saber tudo pelo que minha neta passou.
Respirei fundo, puxando a cadeira acolchoada de uma pequena mesa no canto. Respirei fundo, repousando a arma no colo. Abri o bolso e tirei um cigarro. Eu precisava dessa merda para uma conversa assim. Depois de soltar toda a nicotina presa propositalmente nos meus pulmões, senti que meus músculos relaxaram um pouco. – Sei de toda essa droga. – Me inclinei para a frente. – E se quer saber, sua nora está recebendo o tratamento que merece, assim como sua neta.
Ela piscou duro algumas vezes, como se pela primeira vez esbarrasse em sentimentos conflitantes. Preocupação? Raiva?
— É