Baby Ortiz
Estava indo para casa, se é que posso chamar aquele lugar assim. Ela era tudo que eu podia pagar, mas eu duvidava bastante que proprietário permitisse que ainda morasse ali depois de dois meses de aluguel atrasado.
Obviamente, eu não havia dito nada sobre isso para Cristal, por que ela provavelmente iria enviar dinheiro para mim, só que ela vivia no limite. Gastava tanto consigo mesma, que os rios de dinheiro recebidos dos clientes não supriam tudo. Então, agora, com as obrigações em outro país, ela nunca estivera mais pobre.
— Alô? – Meu coração estava acelerado. Por que essa ligação agora?
— Oi, desculpe... – A voz do outro lado da linha acelerou meu coração.
Parei de caminhar, segurando a baixo da barriga. Tinha a impressão de que ela fosse despencar de tão pesada, mas era uma grande falácia. O bebê só gostava de ver a mamãe se humilhar ao andar feito um pinguim manco de coluna torta.
Eu não quero imaginar como vou ficar no final da gestação...
— Aconteceu alguma coi