Dominic Lexington
A coloquei na cama. Baby ainda não disse nada, além de agarrar um dos travesseiros e o abraçar como uma merda de urso. Por um segundo, divaguei no quanto queria que aquela porra inanimada fosse eu, até que voltei a realidade do que estava acontecendo.
A arma... A minha agressividade. Teria sorte se ela não me perguntasse o que estava acontecendo, ou pior, que soubesse quem eu era naquele momento. Mas merda, ter trazido ela até essa droga de lugar fora um erro. Eu sabia disso, e ainda assim o fiz. E para que, porra? Por que não podia ficar longe da garota? Porque temi que ela desaparecesse da minha vida.
Ninguém sai da minha vida duas vezes, caralho. E foi tudo por isso.
Analisei seus olhares. Ela parecia pensativa. O nariz estava molhado, talvez escorrendo um pouco, e os ombros ainda se tremiam em soluços.
— O que aconteceu? O que ele fez a você, bebê? – Tentei me aproximar, o que só causou uma reação explosiva.
Baby se encolheu em seu próprio mundo, voltando a me