Eliz
Acordei abraçada em Adam como se ele fosse um urso gigante. O pior? Eu estava enroscada nele de um jeito que até a Nara gargalhou na minha mente: minha perna tinha parado justamente em sua intimidade, que, claro, estava rígida. Congelei. Lentamente deslizei para o outro lado da cama, me transformando numa estátua de mármore, jurando a Selene que não ia agarrar o Supremo de novo — pelo menos não dormindo.
Assim que ele saiu, tratei logo de engolir a poção que Lívia tinha me dado para evitar filhotes. Não sei se confio menos nele, na minha loba ou no destino, mas sei que não quero arriscar nada agora. Cada dose vale por um mês. Escondi os seis frascos restantes no fundo do estojo de maquiagem, depois dentro da mochila. Ninguém iria encontrá-los.
Respirei fundo e apertei a pedrinha da pulseira, chamando Ania como tínhamos combinado. Torci para que funcionasse e, em menos de cinco minutos, uma faísca dourada riscou o ar, crescendo até se abrir num pequeno vórtice.
— Pode entrar, Ania