No momento seguinte, Orson, no entanto, virou-se para ir embora. Zara, ao perceber, não pensou duas vezes antes de segurar a mão dele.
O gesto foi leve e hesitante. Zara já estava preparada para que ele a afastasse com desprezo, mas, para sua surpresa, ele não o fez. Orson apenas virou a cabeça e baixou os olhos para a mão dela, observando-a em silêncio.
— Me desculpe. Eu não deveria ter pensado daquela forma sobre você da última vez. Foi meu erro. Mas a Nati é inocente. Você poderia… Por favor, ajudá-la? — Disse Zara, escolhendo cuidadosamente as palavras. Sua voz estava rouca e seca, como se cada frase fosse dolorosa de dizer.
Se ela tivesse qualquer outra alternativa, jamais estaria ali, mendigando o tempo de Orson. Mas a verdade era que ela não tinha escolha.
Zara sabia exatamente o que Orson queria. Ele desejava vê-la assim, humilhada, implorando.
Quando ela terminou de falar, Orson finalmente a encarou. Ele segurou o queixo dela com delicadeza, mas firme o suficiente pa