Zara sabia que não deveria ter aberto a boca. Orson estava claramente irritado, e qualquer palavra dela naquele momento seria como se oferecer voluntariamente para ser o alvo de sua raiva.
Afinal, aquilo não tinha nada a ver com ela. Então, depois do comentário de Orson, Zara optou por ficar em silêncio.
Mas sua atitude não foi suficiente para satisfazer Orson.
— Por que você não diz nada agora? — Perguntou ele.
— O que você quer que eu diga? — Zara respondeu, com a expressão inalterada. — Isso é um problema de vocês. Na verdade, não tem muito a ver comigo.
Enquanto os dois falavam, o carro de Orson já havia percorrido um bom trecho da estrada. Assim que Zara terminou sua frase, Orson pisou no freio bruscamente.
Mesmo com o cinto de segurança, a velocidade era tanta que Zara foi jogada para frente com força antes de ser empurrada de volta contra o banco de couro. O impacto não machucou, mas foi o suficiente para fazê-la franzir as sobrancelhas e lançar um olhar direto para