Quando Orson terminou de falar, o silêncio tomou conta do carro.
Zara segurava o documento com tanta força que os nós de seus dedos estavam completamente brancos.
Orson permanecia sentado ao lado dela, observando-a atentamente, como se estivesse esperando alguma reação específica.
Zara tinha a sensação de que, se ela perdesse o controle, gritasse ou até mesmo o mordesse, ele provavelmente ficaria satisfeito. Parecia que ele já havia mergulhado na loucura e queria arrastar todos ao seu redor junto com ele.
Mas Zara não estava disposta a lhe dar esse prazer. Ela cerrou os dentes, forçou-se a engolir seus impulsos e perguntou, com a voz controlada:
— E se eu não aceitar?
— Ah, nada demais. — Orson respondeu com uma calma quase cruel. — O Grupo Garcia continuará afundando. E, quanto às sujeiras do Emory, você pode esquecer qualquer ajuda da minha parte para encobri-las.
As palavras dele eram tranquilas, mas cada frase parecia acender um incêndio no ar.
O rosto de Zara ficou