Orson segurou o queixo de Zara com firmeza, a voz baixa carregando um tom de raiva evidente:
— Você gosta dele, né?
Zara não respondeu. Seus lábios estavam cada vez mais apertados, e seus olhos, ainda cheios de lágrimas, pareciam brilhar ainda mais, intensos e vívidos.
Orson conseguia ver claramente o reflexo de si mesmo naqueles olhos. E, da mesma forma, conseguia ver a raiva que queimava dentro dela.
Ele sabia que Zara o odiava. Desde o momento em que decidiu tomar aquele caminho, já havia previsto exatamente como ela reagiria.
Mas e daí? Ele deveria simplesmente aceitar ser um estranho qualquer na vida dela? Se fosse para isso, Orson preferia que ela o odiasse.
Esse ódio, para ele, era algo que podia suportar. Mas havia uma coisa que ele jamais aceitaria: que o coração dela pertencesse a outro.
Zara podia odiá-lo por causa do Grupo Garcia. Podia odiá-lo por tudo que ele era. Até mesmo por Carlos, se quisesse. Mas não por Emory. Isso, para ele, era inadmissível.
Ainda