Orson parecia ter se acalmado. Suas mãos estavam apoiadas na mesa, mas suas costas, que sempre mantinha eretas, agora se curvavam lentamente. Com a cabeça baixa, ele parecia tomado por uma exaustão indescritível.
Michel quis dizer algo para confortá-lo, mas não fazia ideia do que poderia dizer.
Enquanto ele hesitava, Orson, de repente, ergueu a cabeça e perguntou:
— Tem cigarro?
A pergunta repentina fez Michel congelar por um instante. Depois de alguns segundos, ele finalmente reagiu, lembrando que Orson havia parado de fumar há algum tempo.
Sem hesitar, Michel tirou o maço do bolso e o entregou rapidamente, enquanto dizia:
— Não é da marca que o senhor costumava fumar. Quer que eu mande alguém buscar outra?
— Não precisa. — Orson respondeu enquanto pegava um cigarro.
Michel, apressado, acendeu o isqueiro e estendeu a chama para ele.
Orson abaixou a cabeça, mas passou vários segundos sem acender o cigarro, porque sua mão... Estava tremendo.
Michel, observando aquilo