Orson ainda se preocupava com os machucados na pele de Zara. Como as emoções haviam se acalmado um pouco, ele estava prestes a parar quando sentiu a mão dela segurá-lo.
— Orson.
A voz dela soou próxima ao ouvido dele, suave e quente, enquanto ela sussurrava seu nome.
O tom direto e ardente fez o corpo de Orson enrijecer instantaneamente, e ele virou o olhar para ela de forma abrupta.
Zara sorriu para ele. Entre os dedos, segurava a gravata que havia acabado de tirar dele. A seda escorregava por suas mãos enquanto ela brincava com o tecido. Em um movimento sutil, ela se aproximou e passou a língua levemente sobre os lábios dele.
Qualquer resquício de racionalidade que Orson ainda tinha se quebrou naquele instante. Sem hesitar, ele segurou a nuca de Zara e a beijou com intensidade.
Naquele momento, os dois pareciam peixes arremessados para fora d’água, desesperados por ar. Como se apenas no outro fosse possível encontrar a sobrevivência. Era um desespero que os fazia se agarr